Um levantamento realizado pela pesquisadora norte-americana Ellen Galinsky aponta que crianças e adolescentes entre 8 e 18 anos conseguem identificar, com facilidade, quando os adultos que os cercam estão cansados ou sob pressão. O estudo, intitulado “Ask the Children” e divulgado em 27 de outubro de 2024, indica que a entonação da voz, o modo de abrir a porta ao chegar em casa e até o ritmo dos passos entregam o estado emocional dos responsáveis.
Três níveis de estresse
Especialistas citados pela pesquisa classificam o estresse em três categorias. O estresse positivo envolve situações desafiadoras, porém passageiras, como aprender algo novo ou falar em público. Esse tipo fortalece a resiliência. Já o estresse tolerável surge em episódios mais intensos, caso de luto ou mudança repentina de escola; seus impactos tendem a ser reduzidos quando existe apoio emocional de adultos. O quadro que mais preocupa é o estresse tóxico, associado a adversidades prolongadas — violência, pobreza extrema ou abuso — sem a presença de um cuidador que ofereça segurança.
Brincadeira como antídoto
De acordo com o relatório, atividades lúdicas funcionam como aliadas para aliviar a tensão, reforçar vínculos familiares e desenvolver habilidades socioemocionais. Brincadeiras de faz de conta, jogos com regras, atividades físicas ao ar livre e jogos de tabuleiro são citados como exemplos que ajudam crianças a lidar com frustrações, cooperar em grupo e aprender a resolver problemas.
Como os adultos podem agir
A orientação é reconhecer o próprio estresse, conversar abertamente com os filhos e explicar que eles não são a origem do problema. Em seguida, os pais devem compartilhar estratégias pessoais de relaxamento — tomar um banho demorado, praticar um hobby ou conversar com amigos — mostrando que buscar ajuda é saudável.
O estudo também incentiva uma visão ampliada sobre o brincar. Atividades como dançar, fazer jardinagem ou cantar no chuveiro entram na lista de recursos acessíveis tanto para adultos quanto para crianças. Segundo dados citados na pesquisa, 87% dos adultos afirmam que brincar reduz a ansiedade, enquanto 95% dos pais relatam aumento de bem-estar familiar quando incluem momentos lúdicos na rotina.

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Para quem deseja aprofundar o tema e incorporar o jogo ao cotidiano, a seção de Desenvolvimento Infantil traz outras práticas focadas em resiliência; já a página de Produtos e Recursos reúne materiais que podem facilitar a implementação dessas ideias. Tendências recentes sobre educação emocional também estão disponíveis em Tendências Educacionais, ampliando o repertório de pais e educadores.
Incluir brincadeiras na rotina não elimina os desafios do dia a dia, mas oferece ferramentas concretas para que toda a família enfrente o estresse de forma mais equilibrada. Experimente uma dessas atividades hoje e observe a diferença.
Com informações de Tempojunto